Já chega de fantasias,
de meros sonhos
sonhados em vão,
já chega de acreditar
em coisas impossiveis.
Sinto-me cansada,
cansada de um mundo fútil,
em que pouco ou nada faz sentido.
Sinto-me presa,
com mordaças que sufocam
os meus gritos.
Que vozes são estas
que clamam a minha morte?
Também eu quero poder descansar.
Quero desistir,
baixar os braços,
deixar a armadura que me envolve desaparecer.
Mas não me deixam,
ninguém sabe,
ninguém sonha o sofrimento que me corrói,
a alma, o coração...
É como um castelo de cartas,
mas agora é a minha vida que desaba.
Tudo aquilo por que lutei,
desapareceu.
Lutei com o meu sangue,
e isso quase me fez cair no vazio.
Vejo a luz a apagar-se,
um dia tudo irá terminar,
e não irei passar de uma estrela,
uma estrela num céu infinito.
Não existirá mais a luz que me cegou,
a luz pela qual irei morrer.
Grito,
grito até a minha garganta sangrar,
grito até a minha alma romper.
Preciso de algo que apague esta dor,
uma droga, algo..
Só não aguento mais,
quebrar o silêncio com as minhas lágrimas.
Não quero,
nem tão pouco posso castigar o meu corpo,
pelo sofrimento da minha alma.
Johanna Bathory
1 comentário:
Muito bonito!! E muito sentido... Para mim faz sentido, um aentido demasiado perfeito e doloroso, pois vejo-me reflectido nas tuas palavras....
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